Às vezes eu sinto que as coisas demoram a acontecer para mim. E que, por mais que eu me esforce, eu não saio do lugar. Parece que a minha dedicação não é proporcional ao meu avanço.
E essa sensação é uma das mais difíceis de lidar porque me desanima, rouba a minha energia e dá uma leve vontade de largar tudo e ir vender miçanga na praia.
O problema é que eu não sei fazer nada de miçanga. Eu poderia aprender sim, mas o que eu sei fazer e amo fazer é escrever e compartilhar as coisas que me ajudam a ser melhor.
É isso que impulsiona minha marcha para a frente.
Cada pessoa que vem e fala que se identifica com o que eu escrevo, é como se aumentasse um ponto na barrinha da certeza de que estou no caminho certo.
Essa barrinha nunca vai encher. Eu nunca vou me sentir completamente confiante. Parece meio melancólico e exagerado dizer isso, mas é a verdade. Não conheci ninguém que se sentiu 100% confiante pra fazer alguma coisa.
Mas, mesmo nos momentos em que eu questiono por que as coisas não acontecem na velocidade que eu quero, eu lembro que bons resultados não acontecem da noite pro dia.
Sempre que olho para o trabalho de alguém que eu admiro, eu tento perceber a dedicação, o capricho e a persistência da pessoa. Essas coisas moram nos detalhes. E a gente tem a mania de prestar atenção só na coisa pronta.
Então, sempre que eu me percebo desejando apressar as coisas, eu lembro da frase desse post. E continuo em movimento, mesmo que devagar, como um trem.
Porque eu sei que o segredo não está no quanto você consegue ser rápido, mas sim no quanto você consegue ser constante.
Se mova devagar demais para ser notado, até estar veloz demais para ser parado.