Ultimamente estou me sentido melhor comigo mesma. É incrível como o certo e o errado tem impacto direto na forma como eu enxergo minha vida.
Devia ser óbvio, eu sei.
Tudo o que eu faço de errado, especialmente aquilo que escondo dos outros, drena a minha energia de uma forma surreal. Influencia muito negativamente na forma que eu me vejo no espelho e também no meu senso de merecimento.
Devia ser óbvio mas, infelizmente, para mim, foi difícil perceber.
Eu sei que é impossível fazer sempre o certo e que se eu depender disso para ter uma vida tranquila estou fadada a fracassar. Mas sei também que fazer o que está ao meu alcance não é tão difícil assim. Tudo é uma questão de parar para refletir antes de agir e ter fé que as coisas vão se organizar.
Fazer o certo é tão difícil quanto fazer o errado, uma vez que fazer o errado me tira a paz.
Tenho tentado por mim, sabe? Finalmente depois de tanto tempo, olho para mim mesma com um pouco de carinho. Ainda não consigo ser compreensiva o suficiente a ponto de me libertar da culpa que carrego. Mas já não falo comigo como se fosse a pessoa mais suja e incapaz que conheço.
Me animo quando comparo a Luiza de agora com a Luiza de um mês atrás que se via imersa em problemas vindo de todos os lados. Ainda tenho problemas a resolver, mas dessa vez não são situações que me fazem questionar se sou uma pessoa boa.
As sombras ainda estão por aqui, mas são sombras antigas que ainda estou buscando me livrar.
Paciência.
É o que estou tentando ter enquanto não consigo me livrar do peso das decisões erradas que tomei até aqui. Na verdade, não tenho muita escolha a não ser ter paciência e acreditar que o tempo e as novas (boas) decisões vão limpar o caminho para que fique mais fácil avançar.