Dias atrás eu estava conversando com um amigo e ele falou algo que me deixou intrigada. Ele costumava trabalhar como ajudante de pedreiro e agora trabalha em um supermercado bem conhecido na cidade.
Estávamos falando sobre o quanto as coisas estão ficando difíceis no curso que fazemos juntos. E então ele disse que às vezes pensa que trabalhar como ajudante de pedreiro, fazendo trabalhos braçais, quase sempre debaixo de sol, é melhor do que estudar para conseguir algo melhor.
Para ele, o trabalho de pedreiro é uma coisa que ele já sabe fazer. É aquilo ali e pronto. Apesar do desgaste físico ele sabe o que deve ser feito e depois dali é só ir para casa relaxar.
Saber que ele pensa dessa forma me fez refletir sobre as milhares de pessoas que pensam igual a ele. Os vários ajudantes de pedreiro que vão permanecer nessa profissão enquanto o tempo permitir.
Não há nada de errado em trabalhar dessa forma. Muito pelo contrário, é um trabalho digno e honesto que nem todo mundo consegue executar.
Mas o X da questão não é o trabalho, e sim como algumas pessoas conseguem se contentar com seu emprego e achar que está bom. Ou mais preocupante ainda, não correr atrás de coisa melhor por preguiça ou indisposição.
Nem todo mundo gosta de estudar. Nem todo mundo entende a importância ou imagina o que o capital intelectual traz ou para onde pode nos levar. O livro O poder da ação conta uma história que ilustra perfeitamente o que quero dizer.
A história fala de um pescador que toda vez que pega um peixe grande, põe de volta no rio. Se pega um peixe pequeno, guarda no cesto. Isso se repete durante toda a pescaria.
E então, outro pescador, observando isso resolveu perguntar o porquê. E ele responde que na casa dele, a frigideira é muito pequena e não cabem os peixes grandes.
Essa história combina com o pensamento antigo que infelizmente, até hoje, algumas pessoas têm: achar que está destinada a permanecer na mesmice porque a vida ou Deus quis assim. Ou então, se auto sabotam e confundem humildade com mediocridade.
No entanto, Bill Gates falou algo que quebra por completo esse paradigma:
“Se você nasceu pobre, não é sua culpa, mas se você morrer pobre, a culpa é sua.“
Há pessoas e pessoas. Umas com mais dificuldades, outras com mais facilidades ou oportunidades. Mas nos dois casos há os acomodados. Aqueles que trabalham só para pagar as contas e quando conseguem, consideram isso uma vitória. Aqueles que não enxergam o esforço intelectual como essencial para uma vida abundante e se limitam a trabalhos repetitivos e braçais pelo simples fato de não exigirem um esforço a mais.
Mas independentemente do modo como você vive, seja no âmbito profissional ou pessoal, Paulo Vieira deixa bem claro:
“Você é o único responsável pela vida que tem levado, portanto, somente você pode mudar as circunstâncias […] Porque não importa como está a sua vida hoje, ela pode ser melhor, muito melhor.”Autor de O Poder da Ação
O que impede você de correr atrás do que você quer? O que ou quem faz você pensar que o que tem é suficiente?
Todos temos total capacidade de mudar para melhor em todos os aspectos de nossa vida. Temos todos os dias, a oportunidade de fazer alguém feliz. Podemos sempre investir um pouco mais em nós mesmos, nos tornando pessoas mais inteligentes.
Sempre vamos ter a chance de fazer diferente. Tudo por não nos contentarmos com menos do que merecemos.